quarta-feira, 30 de abril de 2014

como um sopro...

A vida corre e os momentos fogem se tentamos segurá-los. Já vos aconteceu? Tentar agarrar ou prolongar um momento, situação, dia ou mesmo ano? Não conseguimos. A nossa limitação é gigante. O controlo do tempo está fora de nós e ainda bem que assim é. Desfrutemos sabiamente o tempo que nos é dado, como dádiva preciosa de quem sustem todos os nossos dias. Confiar nAquele que comanda ordeiramente as estações, que vira as páginas da nossa vida no momento exacto.
Observo os meninos cá em casa a rir, com aquelas piadas tontas que só os irmãos entendem e acham graça, que se tornam rapidamente no melhor momento de humor do século e penso na saudade que terei destes risos simples... um dia... Dos braços pequenos que me rodeiam, dos olhos vivos e curiosos que me seguem e dos ouvidos atentos que escutam quando canto ou leio uma história. Os tempos mudam. É um facto que aprendi a aceitar com a serenidade que me é possível, que Deus vai-me dando. A constatação da vida fugaz aqui, leva-me também a pensar na eternidade, a querer abraçá-la. Peço sabedoria para viver os meus dias, olhando sempre para o que me espera no céu.
A respiração dos meninos embala o silêncio. Na escuridão tranquila da noite oro. Que a brevidade desta vida me leve a meditar na eternidade cada vez mais.


 

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