sábado, 30 de novembro de 2013

 
A vida que se aguarda no céu depende do modo como vivemos cá. Decide-se nesta vida microscópia o modo como se viverá na vida enorme que nos espera. Esta espera faz o cristão avançar e não ficar estático. O Espírito Santo é quem nos garante que não estamos destinados a ficar nesta vida. Somos propriedade no futuro dAquele que já nos está a ocupar no presente. A certeza da salvação não tem a eficácia dos crentes, mas sim a eficácia do Espírito Santo.

[Tiago C.]

 

Lisboa





 

porque todos têm uma história para contar...


A chegada do metro era aguardada em silêncio.
Subitamente, uma voz ecoa através do túnel e as palavras chegam em notas: "Cheio de penas me deito e com mais penas me levanto..." Ergo o olhar do meu livro e escuto. A voz era forte. Sofrida, mas cristalina. Aproxima-se calmamente um homem de cabelo grisalho e desgrenhado. Nas mãos, um saco de plástico. Ténis azuis da Nike de cor esbatida, calças de ganga e um casaco de fazenda axadrezado. Chega com uma alegria extra para uma manhã de quinta feira. Lê-se no olhar de muitos que se afastam com aquela ligeireza de quem não quer parecer indelicado, mas o é, de uma forma refinada.
"Tinha eu catorze anos...", começa o homem a contar com o olhar lá atrás, " quando a Amália me comprou um sumo e um palmier. No tempo em que ela cantava e tinha voz!"
O metro chega. As pessoas entram mais depressa do que o habitual, afinal o homem fala alto e parece estar no rol dos inconvenientes. Cheira a álcool, é alguém a evitar.
Lá dentro, encontra alguém que lhe dá troco na conversa. Um romeno, com um filho loiro de 6 anos, mais ou menos, de luvas e gorro enfiado na cabeça. O pai, possui um sorriso acolhedor e sincero. O homem do qual quase todos se desviaram prossegue. "Tinha eu quatro, cinco anos, já fumava. Apanhava beatas do chão e punha na boca. Um dia, um engenheiro comprou-me uns sapatos. Custaram 49 escudos! Depois deu-me 500 escudos para levar para casa. Dei-os à minha mãe que os guardou dentro do sutiã. Mas o meu pai viu, agarrou no dinheiro e foi logo para a taberna. Já passei muito... e ainda passo!" Os seus grandes olhos verdes enchem-se de um brilho especial, daquele que aparece quando a tristeza transborda da alma. Esboça um sorriso tímido e olha para o chão, perdendo a voz. Fez o mesmo que todos à sua volta fazem, ao evitá-lo. Cruzar olhares pode ser perturbador. E o seu olhar era um mundo. Um mundo de vida!

oração

Orações fervorosas tendem, de muitas maneiras, a preparar o coração. Por meio da oração, desperta-se o senso da nossa necessidade... por meio da oração, a mente é mais preparada para valorizar a misericórdia de Deus. Nossa oração a Deus pode despertar em nós um senso e consideração apropriadas da nossa dependência de Deus quando a misericórdia que pedimos, bem como um exercício apropriado de fé na suficiência de Deus, para que sejamos preparados para glorificar o Seu nome quando a misericórdia for recebida.

Jonathan Edwards

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

a boa luz


Sair de casa com o filho mais novo ao final da tarde, banhados pela luz de um sol que se prepara para deitar. Parar para observar e beber da luz. Porque quando a luz suavemente chega, às vezes é necessário bebe-la devagar. Percebe-la. E a renovação chega.









 

no combate ao frio, o nosso Flippy recomneda

um lugar ao sol.
 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

esperas

 

Há algumas semanas atrás ouvi que esperar em Deus não é algo passivo, mas sim activo.
Esperar requer colocar a paciência em acção. É depositar nas mãos do Deus do universo todas as coisas, da mais banal à mais complexa, sabendo que, quando o fazemos, nunca é em vão e nunca permaneceremos no mesmo estado inicial. Na espera somos moldados e preparados para receber o que Ele nos dará. No ritmo de Deus aprendemos a depender exclusivamente dEle, a verdadeiramente confiar e adorá-Lo. A espera tem também o propósito de trazer glória a Deus em toda a situação e encher o nosso coração de gratidão. A esperança nasce! Ele virá em nosso auxílio! Entretanto, a segurança de Lhe pertencermos é suficiente.

"...se esperamos o que não vemos, com perseverança o aguardamos."
Rom. 8:25

amigos- irmãos

Há amigos que nascem quando servimos e trabalhamos juntos. Os anos passam e mesmo que os caminhos que trilhamos aqui nesta vida nos mantenham agora mais ausentes fisicamente, o reencontro é sempre uma festa e a sensação é de que estivémos juntos no dia anterior.
Grata pelo Nuno e Susa, amigos com quem podemos crescer e animarmo-nos na fé. Daqueles sempre disponíveis, em qualquer estação da vida.

andar na rua com o filho caçula tem destas coisas.




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

um beijo amarelo e azul



 
Nesta altura do ano é para mim um desafio andar na rua sem parar e captar as árvores com a minha máquina. Ah... o outono! Essa estação que abraça a mudança de forma tão bela e tranquila!
As mudanças são muitas vezes necessárias para restaurar a força e a beleza do passo certo. E só quando nos despojamos de tudo, podemos então vestirmo-nos outra vez e ser verdadeiramente livres. Ir ao museu da memória pode ser doloroso, mas ajuda a definir o lugar onde queremos estar no presente e no futuro.
 
Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Cristo Jesus...
Filipenses 1:6
 









oh... olha o que eu encontrei!

Foi o que disse ao meu pai quando vasculhávamos juntos no sótão na semana passada. Entre os muitos livros, encontrei este jogo de tabuada e o tabuleiro de damas da minha infância. Rever objectos da nossa meninice é uma sensação singular. Tornar a tê-los junto de nós e sentir um pouco de antigamente nas nossas mãos agora maiores. Sorver as cores, os cheiros, as texturas outra vez. É reconfortante trazer à mente pedaços de uma infância feliz.



cartas

Encontrei no sótão dos meus pais uma carta que escrevi ao meu irmão, em 1996. No tempo em que os e-mails eram para mim desconhecidos e os envelopes e selos faziam parte natural dos meus dias. Algumas cartas transformavam-se quase em diários e segurá-las nas mãos e ler a letra familiar de alguém que estava distante era como ter um pedaço da outra pessoa connosco. Era uma presença palpável do que se encontrava longe da vista. As palavras eram muitas vezes demoradas e sempre cheias de sentimento. Reconhecer a letra de alguém num envelope e ver o nosso nome era especial. Talvez por isso guarde três caixas cheias de cartas, com muito carinho.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

descanso

Esta semana este versículo chegou até mim por duas vezes, através de pessoas diferentes.

Em paz me deitarei e dormirei, pois só Tu Senhor, me fazes habitar em segurança.
Salmo 4: 8

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

abraçando um clássico


O peregrino é um clássico muito amado entre os cristãos. Ontem, começámos a ler a versão adaptada para crianças e adolescentes. A fantástica viagem do Cristão e da sua amiga Esperança até chegarem em segurança ao Lar. A vida com Cristo é emocionante e nós cá em casa estamos a explorá-la com entusiasmo. No final, veremos o filme.

ânimo na tribulação


Isto de sentir alegria no meio da dificuldade pode parecer estranho, mesmo loucura, a alguns. Foi o tema de um dos nossos cultos domésticos esta semana. Sentir alegria não no problema ou situação em si, mas no Deus que está no controle dela. Na certeza de que nada acontece ou é deixado ao acaso na nossa vida e que tudo, mas mesmo tudo, vai de alguma forma fazer-nos bem e ser de crescimento para nós. Descansar na plena confiança que estamos debaixo da Sua mão.
Também lembrámos que há muitos que sofrem perseguição por causa da sua fé em Cristo e os nossos problemas tornam-se minúsculos perante o que enfrentam.
Oramos por força renovada e olhos postos no Deus que salva. O desespero não mora aqui!
 
"... sentimos alegria nos nossos sofrimentos, porque o sofrimento produz a paciência; a paciência provoca a firmeza nas dificuldades, e a firmeza produz a esperança." Romanos 5: 3-4
 
 

amarelo e azul



gosto do outono.

doçura a triplicar



[fotos da sis.]