Uma tarde no jardim

Vamos lá ver se consigo acabar este post sem ser interrompida. O Jojó está doentito, constipado, com febre, imensa tosse, dificuldade em respirar e queixa-se muito da barriguinha. Tem acordado a chorar e há pouco chorou durante tanto tempo que acabou por acordar o mano Marcos, que por sua vez, começou também a chorar. Foi uma sinfonia... como direi?... Admirável!
Provavelmente estarão a estranhar a ausência de fotografias neste post. "Nenhuma foto?"- perguntarão vocês abismados. Eis a razão: deixei a máquina a carregar em casa, a bateria já não está boa há algum tempo e não dura praticamente nada.
Hoje à tarde fomos até ao Parque do Barreiro. Lanchámos bolas de manteiga e bebemos leite sentados na relva, à sombra de uma árvore, o Marcos teve oportunidade de tocar em bastantes folhas, observámos os patos no lago, jogámos à bola e estivémos no parque. O momento mais ternurento da tarde foi passado com o Jojó, que ao ver patinhos bebés no lago, baixou-se, inclinou-se para eles ligeiramente e numa voz extremamente doce disse: "Olá, quá-quá!"
No parque, estive mais de meia hora a empurrar o Jojó no baloiço, que visivelmente desfrutava do embalo. Enquanto o fazia, comecei a organizar a semana na minha mente e a fazer listas (coisas que parecem ser cada vez mais uma constante na minha vida). Tenho vindo a aprender, por uma questão de necessidade, a gerir o meu tempo. Para além da semana com os miúdos, as "habituais" coisas da casa, preparativos para um certo casamento, entre outras coisas, junta-se agora com urgência a preparação das lições para o Acampamento de Crianças e mais algumas coisas que necessito de preparar para a semana do ABS. Depois da organização mental e de ter desejado poder escrever e acentar tudo o que havia pensado e lembrado, concentrei-me no cenário em frente a mim e ao Jonatas. O Sammy todo contente, a jogar à bola com o Timóteo, que segurava nos braços o Marcos. Este ria com verdadeira satisfação sempre que o papá corria e dava pulinhos no colo dele quando a bola se aproximava. Comecei então a olhar à minha volta, para outras crianças e a tentar imaginar o futuro de algumas, ora pela companhia que tinham com elas, ora simplesmente por uma súbita vontade de olhar para o futuro. Provavelmente a maioria crescerá sem nunca ouvir falar de Cristo e do significado real e único que Ele dá à vida. Olhei novamente para os meus filhotes e fui inundada por uma mistura de sentimentos. Por um lado, senti-me grata pela possibilidade que eles têm de ouvir acerca do Deus vivo que pode dar propódito às suas vidas; por outo lado, senti uma tristeza profunda ao pensar nas outras crianças que poderão não ter facilmente a mesma oportunidade. Claro que cresceu um desejo tremendo de fazer alguma coisa, não por aquelas crianças especificamente, mas pelas crianças em geral, as que estão ao meu alcance. Acho que este desejo vai encaixar bem num projecto que comecei a elaborar, talvez para ser posto em prática daqui a um anito. Veremos se estou a sonhar os sonhos de Deus...
Tenham um bom início de semana, amigos. É muito bom saber que estão "desse lado"!