quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

a Palavra, sempre nova.

 
Falar das promessas de Deus é falar da Sua fidelidade, do Seu carácter imutável, em todos os Seus atributos. Ler as Escrituras, é também ler as mesmas passagens uma e outra vez e ver Deus a falar das mais diversas maneiras a nós e aos outros, como se tudo fosse lido ou ouvido pela primeira vez.
Nos últimos domingos, com os alunos da minha classe de escola dominical, conversámos acerca da promessa que Deus faz de que nada poderá separar o crente do amor de Deus. Como filhos de Deus, nada nos separa do amor do Pai. "Quem nos poderá separar do amor de Deus?", é a pergunta que Paulo faz em Romanos 8.35 aos crentes que sofriam perseguição. Depois dá uma lista de hipóteses, como fome, angústia, perseguição, morte, vida e outras tantas coisas e termina dizendo que em todas estas coisas somos mais do que vencedores e que nada nem ninguém nos poderá separar do amor de Deus que temos através de Jesus. Que consolo! Que segurança! A permanência desse amor não está no nosso comportamento, ou estaríamos perdidos, nem em nada que façamos ou nem mesmo no nosso esforço e vontade de amar a Deus, mas exclusivamente em Cristo. Seguros. Firmes na Rocha que permanece igual eternamente e que não muda de opinião ou sentimento, conforme o humor, circunstâncias ou estação do ano. Nem mesmo o nosso pecado nos pode separar do amor de Deus, uma vez salvos por Cristo. Relembrámos o episódio em que Pedro, por três vezes, diz não conhecer o Senhor Jesus, pouco antes da Sua crucificação. O último olhar entre os dois foi sofrido. Palavras não foram necessárias. Jesus havia dito a Pedro que este haveria de negá-Lo e assim sucedeu. Diz a Bíblia que o discípulo chorou amargamente. Após a morte e ressurreição do Mestre, há um novo encontro na praia. Os discípulos tinham estado a noite inteira a pescar e não tinham apanhado nada. Um homem na praia disse-lhes para lançarem a rede para o lado direito do barco e eles assim fizeram. A rede veio cheia de peixe. João reconheceu este homem: "É o Senhor!", disse ele a Pedro. Pedro, sem esperar que o barco chegasse à margem, lançou-se à água para ir ter com Jesus. Ah! Ele não podia esperar. Correu para Ele! A voz tremeu enquanto lia esta passagem em alta voz e imaginava a cena com as crianças. O amigo que tinha magoado Jesus a correr para Ele. O Senhor tratou-o com misericórdia, convidando-o para sentar-se e comer com Ele. Não o tratou segundo o seu pecado. Três vezes perguntou ao discípulo se este O amava. Conseguimos colocar-nos no lugar de Pedro naquele momento? O reencontro com o Mestre, o recordar o Seu pecado e em como este tinha entristecido o coração de Deus, experimentar a bondade e graça do Seu Senhor e, humildemente dizer: "Senhor, Tu sabes todas as cosias, Tu sabes que eu Te amo."

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