3 dias a vê-los jogar futebol. A eles e à equipa a que pertencem. Foram dias prazerosos. Sempre gostei de futebol e foi nas ruas do meu bairro e na praceta onde cresci que aprendi a jogar. O meu irmão, 13 anos mais velho do que eu, ensinou-me a tratar a bola como uma amiga, a mante-la perto. Jogava com os vizinhos rapazes e na escola. Mais tarde em equipas. A matemática trocou-me as voltas quando o futuro gritava "desporto". Percebo-lhes a paixão. No tempo em que eu jogava não era habitual os pais estarem presentes ou acompanharem os filhos. Os meus pais nunca me viram jogar um jogo a sério, dentro das quatro linhas. Nunca me viram marcar golos e festejar. Não viram quando aos 12 anos chorei por falhar uma penalidade decisiva. Eram outros tempos. Agora, volta e meia, veêm os jogos dos netos. Feliz pela mudança. Por poder presenciar todas estas coisas boas na vida dos meus filhos. Por sentir com eles a alegria de ganhar e a tristeza ao perder. Por sentir-lhes os desafios, as conquistas e aquela coisa boa de pertencer a uma equipa que se esforça junta. Isso e a alegria de ter uma bola no pé. Sim, volto sempre atrás no tempo quando estão dentro do campo. Cá dentro, corro sempre com eles.
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