segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

quando as árvores dançam

Sou apaixonada por árvores. Desde que me lembro que assim é. Cresci a olhar para elas nas traseiras da casa onde nasci. Passava horas a mirá-las, em silêncio, apenas a observar as folhas a esvoaçarem ao vento, contam os meus pais. Conforme fui crescendo, o salgueiro gigante que via da janela do meu quarto, da escola primária e as árvores da minha praceta eram as minhas preferidas. Também havia os pinheiros e a figueira da Farinha Branca e todas as árvores do meu bairro. Conhecia-as de cor. Brincava, estudava e jogava à bola debaixo delas. As árvores crescem connosco. Ou talvez sejamos nós que crescemos com elas. Em miúda sonhava a olhá-las. Hoje, dizem que sou adulta. Não sei. Continuo a sonhar com elas.
 







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