O tempo salta-nos das mãos a todo o instante. Pura ilusão, ousarmos pensar que o conseguimos segurar. Não nos pertence, assim como, na verdade, também não nos pertencem os filhos. Ainda assim, em bondade, Deus concede que deles cuidemos e é uma bênção quando eles vêm até nós. Pura graça.
Lembrar o dia em que soubemos que o primogénito estava a caminho e o dia em que chegou é recordar um início. O começo de uma aventura onde a monotonia não tem lugar e o orgulho também não. Foi descobrir e ver o meu pecado com uma lente especial e traduzido de tantas maneiras. Uma jornada que constantemente me lima, por vezes com dor. É ver a graça de Deus ampliada todos os dias. Foi e é aprender a depender de Deus de uma maneira sempre nova, pois é escancarada a verdade de que sozinhos não conseguimos. Há tanto que nos foge! Mas podemos descansar ao saber que nada Lhe escapa e Ele vê em detalhe o que o nosso pensamento nem sequer começou ainda a imaginar. É desejar tanto para outra pessoa e resumir este tanto a apenas a um desejo: que ame a Deus. É que nós acreditamos que não há nada melhor para o ser humano do que isto: amar o Criador. Amando verdadeiramente a Deus, aprende-se também a amar os outros.
O filho de olhos e sorriso doce fez 12 anos e sinto que os desafios são tantos. Mas, quando a mim se junta para olhar o céu ou chama a minha atenção para uma determinada nuvem, sou relembrada que nesta tarefa de ser mãe, não estou sozinha. Então, abro os braços para receber o que por aí vem.
Sem comentários:
Enviar um comentário