sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

regressar a casa

Voltar ao local onde cresci é receber um abraço na alma. É sentir um conforto aconchegante que as palavras só por si não conseguem explicar. É respirar calmamente e sentir-me agradecida pela minha infância e adolescência, pelos vizinhos e amigos que me acompanharam e com quem aprendi a viver em comunidade, dia a dia. É estar grata pela segurança sentida. Volta e meia ainda sinto saudades da vida vivida num bairro, numa praceta. Desta coisa de crescer acompanhada.
Tenho o privilégio de ainda lá morarem os pais da amiga Vanessa, uma vez que os meus pais saíram de lá quando eu tinha 18 anos. Foi doloroso, na altura.
A casa dos pais da Nessa sempre foi um prolongamento da minha e vice versa, pois vivíamos literalmente em casa uma da outra. Para mim, que tenho apenas um irmão mais velho, que a dada altura já vivia sozinho, a Nessa foi a mana que não tive. Esta semana, a amiga que cresceu ao meu lado fez 37 anos e nós cantámos-lhe os parabéns, em família.









E ver os nossos filhos a correr ali é como ter uma máquina do tempo e voltar a ver-nos a brincar às escondidas ou a andar de bicicleta com os vizinhos. No tempo em que a praceta era cheia de crianças e vida!

2 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada pelas palavras, pelas memórias e pelo futuro! Lindas fotos... linda descrição... para ti: <3
Nessa

Rute Carla disse...
Este comentário foi removido pelo autor.