Gosto de olhar o céu e perder-me a contemplar as nuvens. É um facto consumado. Adorava fazê-lo em pequena, onde ficava minutos sem fim na janela da cozinha a olhar para cima e continuo a amar fazê-lo agora. A minha mãe dizia muitas vezes que eu passava a vida com a cabeça nas nuvens. Volta e meia, em certas matérias, os professores chamavam-me à terra e diziam para eu descer das nuvens. Alguém me disse uma vez que sempre que olhava o céu, lembrava-se de mim, devido à minha mania de observar as ditas nuvens. Houve uma altura que as colecionei, recortes, fotos, postais. O prazer maior que tenho ao andar de avião é passar entre elas ou voar por cima delas e observar o mar de neve que se pinta no céu abaixo de mim. Com a minha avó costumava tentar adivinhar a que se pareciam elas, um gato, uma borboleta, uma cara e por aí fora. Hoje, faço o mesmo jogo com os meus filhos. Deitamo-nos no chão, olhamos para o céu e assistimos a um filme com inumeras personagens, que por norma dá origem a enredos muito interessantes, como um elefante a ser perseguido por um garfo...
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