sábado, 14 de março de 2009

Quinta-feira {regresso do Sammy}

O dia amanheceu e o regresso do Sammy (foi uma semana com os avós) pairava no ar e era notória alguma inquietação, expectativa para o ver de novo. Peguei então no Jojó e Marquitos e fomos passear e fazer algumas coisas necessárias na rua, como comprar pão e ir ao fotógrafo. A Primavera fez-nos companhia e Jojó queria apanhar todas as florinhas que encontrava.
Destraíu-se e durante algum tempinho não perguntou quando chegava o mano e o vovô. Saltou nas passadeiras, viu galinhas e patos, laranjeiras carregadas, as casinhas das formigas ( que muito o impressionaram), conversou com os senhores das lojas e foi dizendo adeus a quem passava. A dada altura do nosso percurso, por breves instantes, cheirou-me a Inglaterra, a Welwyn. Não sei definir o cheiro exactamente, é uma mistura de terra molhada, de tempo húmido com alguma vegetação específica... penso eu. Sei que o cheiro nunca me tinha chegado tão vivo à memória. Sim, de vez em quando o cheiro a terra molhada após a chuva traz alguma lembrança, mas apenas um vislumbre. Desta vez foi um cheiro mais forte, igual. Olhei à minha volta tentando encontrar uma explicação, mas não cheguei a nenhuma conclusão. O importante é que soube muito bem.
Se calhar é o meu olfacto que anda mais apurado, pois chegar a casa, enquanto abria a porta, cheirou-me a ABS (acampamento onde vou desde pequena). Bem, mas este cheiro é usual por aqui, especialmente em dias quentes, a mistura do calor com os pinheiros bravos. Acho sempre interessante quando um cheiro me acende a lembrança de um local, pessoa ou momento.
Quando o Sammy e o meu pai chegaram foi uma euforia! O Jojó correu lá para fora com um sorriso feliz como se o mano tivesse estado fora um mês. (bem, de facto pareceu muito tempo...) O Sammy chegou a querer contar e mostrar tudo ao mesmo tempo e trouxe presentes para cada um de nós, incluíndo o Flippy, que também ganhou um desenho. Volta e meia durante a tarde, encontrava o Sammy e o Jojó aos abraços que nem se importou de receber um montão de beijinhos do mano. O Marcos também chegava a carita para o mano grande querendo dar beijinhos de boas-vindas. Voltou a casa o pedacinho que faltava e era patente a felicidade dos manos...juntos.
A sis juntou-se a nós no final da tarde e de noite, depois dos meninos dormirem, agarrámos numa manta e comemos gelado na rua. É uma benção do Pai quando a amizade se pode traduzir em palavras e em silêncios... thanks so much, sis.