Os dias têm sido passados em consultas e exames com o mais velho e a estudar e a fazer trabalhos da escola com os três. Acho que já fui mais vezes a hospitais e estudei mais desde que este ano lectivo começou do que durante todo o percurso escolar dos gaiatos. Não, não precisam de tirar o exagero. Deixem-no lá todo e terão uma ideia mais real dos meus dias nos últimos tempos. Aquela minha máxima de "tornar uma ida ao médico num dia diferente e especial" tem-se, basicamente, transformado em "tornar uma ida ao médico num local diferente para estudar".
As vezes que eu já me perguntei: "Mas porque é que teimaste em não colocar os miúdos à frente de computadores desde cedo?!" Agora, provavelmente, seriam uns desenrascados a trabalhar no power point, por exemplo. Mas não, esta mãe optou pelos livros, pelos trabalhos manuais e outras brincadeiras distantes de aparelhos electrónicos. Agora, lá estou eu a ajudar a fazer trabalhos e mais trabalhos, que parecem ser pedidos todos ao mesmo tempo, para ontem. E já não sei se acho entediante quando um trabalho do Jónatas é o mesmo pedido ao Samuel há uns anos atrás ou se agradeço.
Cá em casa já falamos francês e inglês nos intervalos. Um método de estudo que arranjámos, que muito agrada o mais novo que acha sempre que estamos a gozar quando o francês começa. Bem, às vezes mais deve parecer isso, já que francês não é o meu forte. O minora põe-se debaixo da mesa e diz: "Olha mamã, estou "under!" O mais velho treina para a oral de inglês e termina com um grande "Au revoir!" no final. Nãããooo!!!
E estudar a composição das rochas em ciências e o aparelho digestivo de um sapo? Sou só eu que me pergunto: "Mas para quê?!?" Depois acrescento qualquer coisa como: "Às vezes, na vida, vamos ter que fazer coisas que não gostamos e temos que nos esforçar à mesma." Uffff. O meu interior até já se regozijou por a teoria da evolução do homem ser dada em história. Significa que temos menos uma matéria para estudar. Vá, calma. Foi uma fraqueza que durou apenas alguns segundos. Continuo a desejar tirar a matéria tola do curriculum pelas razões certas.
Estou quase especialista no arquipélago dos Açores, mesmo sem nunca lá ter colocado os pés, devido a uma aula que o Jojó vai apresentar amanhã, em história. Ter boas notas às vezes é sinal de mais trabalho, descobrimos. Depois, ainda há aquela mania que os professores parecem ter em colocar os testes todos na mesma semana, como se os mesmos tivessem necessidade de algum tipo de aconchego. Abram espaço, por favor! E dêem tempo aos miúdos para respirar! Esta mãe agradece.
Só vos digo, qual aluno, estou desejosa que cheguem as férias escolares. Ah, se estou!
Entretanto, aproveita-se mais um exame médico que o Samuel tem de fazer e bebe-se um chocolate quente para aliviar.
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