terça-feira, 15 de novembro de 2016

consulta com este menino. é rir.






Descobri hoje que também existe um sorriso 40, segundo o Marcos. É um sorriso mais largo do que o 33. : )
Esta semana fez uma TAC. Disse-lhe para imaginar que estava a entrar numa nave espacial. Assim fez. Uma viagem e tanto, disse-me no final.
Na sala de espera, enquanto aguardávamos , perguntei-lhe pelo sinónimo de feliz.
"Cinema."
"Cinema?! Ai, mas ainda não percebeste o que é um sinónimo?!"
"Percebi. (sorri) Cinema... Alegro!"

lá fora. cá dentro.



esta coisa chamada tempo




Foi mais um dia de consulta, raio x e análises. Estudámos no Starbucks e regressámos ao bairro onde nasci e cresci. À minha praceta, à minha escola primária. O ginásio, na altura, parecia-me gigante. Abrigava todos os alunos nos dias de chuva. Hoje, ensina judo e dança. Percorremos ruas que conheço de cor, olhámos por uns momentos a minha escola secundária. Identifiquei as diferenças. Os cantos, as árvores, o campo de futebol. Esta coisa de voltar a lugares do passado com os filhos é sempre interessante. Vemos esta breve linha do tempo tal como ela é, um vapor. Quase ilusória. Cresce também a gratidão, por tanto e a certeza que o nosso tempo está nas mãos do Criador.


Esta luz nos corredores da Estefânia. Uma presença que abraça em meio à espera e relembra que pode haver paz na incerteza.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

por aqui.


Os dias têm sido passados em consultas e exames com o mais velho e a estudar e a fazer trabalhos da escola com os três. Acho que já fui mais vezes a hospitais e estudei mais desde que este ano lectivo começou do que durante todo o percurso escolar dos gaiatos. Não, não precisam de tirar o exagero. Deixem-no lá todo e terão uma ideia mais real dos meus dias nos últimos tempos. Aquela minha máxima de "tornar uma ida ao médico num dia diferente e especial" tem-se, basicamente, transformado em "tornar uma ida ao médico num local diferente para estudar".
As vezes que eu já me perguntei: "Mas porque é que teimaste em não colocar os miúdos à frente de computadores desde cedo?!" Agora, provavelmente, seriam uns desenrascados a trabalhar no power point, por exemplo. Mas não, esta mãe optou pelos livros, pelos trabalhos manuais e outras brincadeiras distantes de aparelhos electrónicos. Agora, lá estou eu a ajudar a fazer trabalhos e mais trabalhos, que parecem ser pedidos todos ao mesmo tempo, para ontem. E já não sei se acho entediante quando um trabalho do Jónatas é o mesmo pedido ao Samuel há uns anos atrás ou se agradeço.
Cá em casa já falamos francês e inglês nos intervalos. Um método de estudo que arranjámos, que muito agrada o mais novo que acha sempre que estamos a gozar quando o francês começa. Bem, às vezes mais deve parecer isso, já que francês não é o meu forte. O minora põe-se debaixo da mesa e diz: "Olha mamã, estou "under!" O mais velho treina para a oral de inglês e termina com um grande "Au revoir!" no final. Nãããooo!!!
E estudar a composição das rochas em ciências e o aparelho digestivo de um sapo? Sou só eu que me pergunto: "Mas para quê?!?" Depois acrescento qualquer coisa como: "Às vezes, na vida, vamos ter que fazer coisas que não gostamos e temos que nos esforçar à mesma." Uffff. O meu interior até já se regozijou por a teoria  da evolução do homem ser dada em história. Significa que temos menos uma matéria para estudar. Vá, calma. Foi uma fraqueza que durou apenas alguns segundos. Continuo a desejar tirar a matéria tola do curriculum pelas razões certas.
Estou quase especialista no arquipélago dos Açores, mesmo sem nunca lá ter colocado os pés, devido a uma aula que o Jojó vai apresentar amanhã, em história. Ter boas notas às vezes é sinal de mais trabalho, descobrimos. Depois, ainda há aquela mania que os professores parecem ter em colocar os testes todos na mesma semana, como se os mesmos tivessem necessidade de algum tipo de aconchego. Abram espaço, por favor! E dêem tempo aos miúdos para respirar! Esta mãe agradece.
Só vos digo, qual aluno, estou desejosa que cheguem as férias escolares. Ah, se estou!
Entretanto, aproveita-se mais um exame médico que o Samuel tem de fazer e bebe-se um chocolate quente para aliviar.

domingo, 6 de novembro de 2016

shiuuu...

Perto do rio, no Parque das Nações, a cidade parece ficar longe, silenciosa. Lembro-me bem do tempo em que este espaço era cheio de hortas e de nada, antes da Expo 98 e que no Tejo a ponte Vasco da Gama ainda não se avistava. Cheguei a ver, da janela da minha cozinha, os primeiros pilares dela a erguerem-se.
Agora, deste local, é possível admirar o rio à sombra de pinheiros mansos. Tem sido um refúgio nos últimos anos, em diferentes alturas, quando o burburinho da cidade se torna demasiado alto. À medida que me dirijo para perto do rio a cidade vai perdendo volume, como o final de uma cena de um filme qualquer. Começo então a escutar e ao ritmo do vôo das gaivotas, a descansar.




feriado, que bem que soubeste!









sexta-feira, 4 de novembro de 2016

ultimamente, por aqui.

As coisas crescem na mini horta. O processo de semear, ver crescer e colher, aquieta-me e mostra-me mais da bondade e sabedoria de Deus.


Uma das coisas boas das celebrações em família. Conversas debaixo das estrelas.

Na nossa cozinha o cheiro a banana bread e batata doce tem sido quase uma constante.

As mulheres da nossa igreja estão a estudar a primeira carta de Pedro e tem sido um bálsamo.

O fim de semana cheio da nossa igreja aconteceu no mês passado. Foi cheio de música e boas conversas. É espreitar.


O Jónatas tem de fazer um trabalho de grupo sobre a vida da Anne Frank. Vimos todos o filme numa sexta à noite e lemos o livro. O grupo dele escolheu fazer uma música [olha que surpresa!]

Os amigos trazem alegria extra aos nossos dias e é sempre um prazer estar com colegas dos miúdos.

As árvores garantem que estamos no outono, apesar da temperatura contrariar. Arrumar roupa de verão e desarrumá-la novamente. Pisar folhas pelo caminho.


As construções de lego do Marcos continuam em grande. O tempo e o detalhe com que constrói e depois nos chama para explicar tudo é amoroso. Numa noite destas o Jojó derrubou a casa com uma almofada, sem querer. Desfez-se em desculpas e prontificou-se logo para ajudar a construí-la novamente. Adormeceram ambos a chorar. O Marcos, por ter a sua casa de lego destruída, o Jojó por o mano ter a casa de lego destruída.

O início da escola trouxe consigo os trabalhos de casa. O mais velho andou a tentar recuperar as aulas perdidas nas últimas semanas. Descartámos a matéria de história sobre a evolução do homem. Não, nem sequer estudámos para o teste e não fizemos nenhum trabalho a respeito sobre teorias que consideramos erradas e tolas.


Mesmo com um filho parado, temos mais dois a jogar futebol, portanto, os treinos e jogos de futebol nunca param por estas bandas.


As consultas, exames e ídas ao hospital vão se sucedendo, mais vezes do que nós gostaríamos. Há todo um mundo a acontecer dentro das portas de um hospital e as conversas nas salas de espera são diversas e ricas de tanto.


Fizémos um novo amigo. Um gato preto, que está sempre perto do hospital e que já nos conhece.

Compramos oficialmente roupa para o Samuel em lojas de adultos. O meu croquete está crescido e já calça o 43.

Está crescido e partiu o dedo do pé. As canadianas cá de casa têm tido uma rodagem estonteante.

Os dias quentes, chegámos a ter 33º um dia destes, continuam a permitir passeios de bicicleta pela zona.

Regressei a Chelas e ao projecto Crescer com Amigos, na minha escola primária. Continua a parecer-me surreal poder lá voltar, à escola, ao bairro. Pisar terreno da nossa infância aconchega.


Este casaco já passou pelo Samuel e pelo Jónatas. Neste outono/inverno, pertence ao Marcos.

Dos dias em que o jantar foi pipocas, só porque esta mãe já mal se aguentava em pé. Sim, também temos dias destes por cá.


Bom fim de semana!