quinta-feira, 21 de abril de 2016

em breve.

Um dia tive um amigo. A sua delicadeza no trato e amor pelos outros era especial. Foi amigo presente tantas vezes, lado a lado, em diferentes momentos. Oramos e servimos juntos e sonhamos com o que Deus ainda faria. Aprendi a amá-lo desde pequena. Amigo do meu mano, era meu amigo também. A facilidade com que falava de Cristo, o Seu Salvador, era uma marca sua. Falava com a mesma facilidade à senhora da mercearia, a um desconhecido ou a um doente no hospital. Foi inspiração para mim quanto a amar a Palavra e a lê-la e nesta coisa de viver a fé no dia a dia, de forma natural. Ensinou-me a ter o culto doméstico em família e a benção que tal feito era. Dificilmente alguém conseguia estar mal disposto ao pé dele, tinha um humor contagiante. Era uma pessoa simples. Gostava de correr, cantar hinos em inglês e coros antigos, tocar viola, jogar futebol, basket, ténis e ping pong, passear na natureza, escrever bilhetinhos à esposa, de Inglaterra, do ABS, de beber café e comer bolo de limão, de pregar a Palavra. Quando eu era pequena dizia que ainda iriamos ser primos. Assim foi.
Os últimos momentos que tive com ele, antes de ser hospitalizado, foram num casamento. Estava sozinho. Sentei-me ao seu lado. Ali ficamos durante 20 minutos, em silêncio. Porque há um conforto no silêncio que só pode ser encontrado junto dos que amamos.
Nos últimos anos da sua vida o Paulo aprendeu a amar a graça de Deus de uma forma mais intensa. Sei que agora desfruta dela de forma plena e canta na Sua presença. Relembro a sua face ao cantar alguns hinos e imagino-a agora, gloriosa, a cantar no céu.
A dor que sentimos na ausência dos que mais amamos é gigante e afinca no mais fundo de nós até quase se transformar numa dor palpável. Há uma lacuna que é apenas preenchida com a graça diária que Deus concede e com a certeza do lugar onde a pessoa que perdemos permanece. O melhor lugar. A alegria do reencontro é quase explosiva. Um abraço será dado em breve. Aguardo.
Até lá!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

raios de graça




Caminhar pelo nosso bairro ao entardecer é das cosias que mais gostamos de fazer. Há uma tranquilidade que só vem ao final do dia. Não porque as atividades começam a abrandar, ainda há os treinos, os trabalhos de casa, os banhos, o jantar, o culto doméstico, a cozinha para arrumar e coisas para preparar. Ainda assim, ir a pé para os treinos dos miúdos é sempre revigorante, especialmente agora em que os dias se estenderam. Neste percurso cantamos, conversamos, olhamos a natureza a mudar de acordo com a estação do ano e bebemos daquela luz do sol desmaiada tão peculiar, que esbate em tudo e fica por momentos, como se não tivesse forças para se levantar outra vez. E no seu desmaio encontro força. Na graça de Deus estampada na rua, ao entardecer, os meus lábios abrem-se para louvar o Criador.


detalhes do caminho

Um arco-íris estampado no céu pela manhã, a caminho da escola. Fidelidade de Deus escancarada.   Depois, encontrar papoilas junto da vedação, mais tímidas que as cores que brindam o céu.
Raios de graça que chegam no início de um dia igual a tantos outros.




"Quanto mais envelheço, tanto mais o Senhor é precioso é para mim."





céu de abril


quinta-feira, 14 de abril de 2016

o Deus que nunca se atrasa.

Chegou aquela época do ano em que as árvores começam a vestir-se novamente. Ciclos, perfeitamente criados. Nunca enfadonhos, por mais que se repitam. Chegam sempre com sabor a novidade até mim. Espantam o inverno. Trazem novo vigor, nova esperança. Recomeços. O inverno será sempre preciso antes da primavera. Não há volta a dar. Mas não faz o Criador tudo tão bem no Seu tempo? Ah, se faz! Coisas bonitas nascem literalmente do pó. E o coração renasce ao ritmo das árvores e dança com elas ao vento.





"It’s the broken hearts that find the haunting loveliness of a new beat — it’s the broken hearts that make a song that echoes God’s.

There’s a way to let the burn of your pain become a fuel for your way."

-Ann Voskamp-

acordar para as flores do nosso quintal!


Às vezes demoramos a ver o que está perto. Devido às últimas semanas mais corridas, foi com surpresa que, numa manhã, descobri que havia todo um quintal florido lá fora, à volta da nossa casa. Podemos também ter dificuldade em ver as pequenas bênçãos e a graça de Deus revelada nas coisas simples do nosso lar. E temos tanto para agradecer todos os dias!
"Dá-me olhos e coração atento, Senhor!"


andar com morangos na cabeça.


juntar colegas em casa é sempre um bom pretexto para fazer um bolo.



jardim das amoreiras

Porque os jardins que se escondem dentro de Lisboa são sempre bonitos.





dos amigos que alegram o dia e aquecem a alma


quando o céu nos abraça no regresso a casa.


quinta-feira, 7 de abril de 2016

segunda-feira, 4 de abril de 2016

EBF Páscoa











A escola bíblica de férias da nossa igreja aconteceu durante as férias da Páscoa. Os dias voaram e isso é sinal que foi bom estarmos juntos. Ver cada uma das caras destes meninos e meninas é uma alegria gigante. Guardar as conversas, as perguntas e observações, os abraços, as histórias, os sorrisos luminosos e agradecer, sempre.

explorar as redondezas pt 3