segunda-feira, 28 de março de 2016

quando o coração quase explode de tanta alegria e gratidão

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."
Gálatas 2.20

Todos os domingos são dias bonitos, por estarmos no melhor lugar, na casa de Deus. Este último, foi ainda mais especial. Domingo em que celebramos de uma forma mais específica a ressurreição dAquele que primeiro nos amou e em que vimos nove amigos, de forma pública, dizerem que as suas vidas pertencem a Cristo, através do baptismo. A eles junto um primo querido que esteve no meu pensamento durante toda a manhã, que também desceu às águas. Ver aqueles que amamos, que vemos crescer e que acompanhamos na caminhada espiritual a desejar viver para Cristo é uma alegria difícil de conter dentro do peito. Foi uma manhã de emoções. Entrego a cada um nas mãos do Deus que não perde nenhum dos que chama. E o coração canta!





No início da tarde este era o estado dos miúdos. Levantar antes das seis da manhã tem destas coisas. A tarde prosseguiu com um almoço em família. Juntar à mesa os que amamos, em alegria, é um privilégio. Estivemos ainda com os irmãos e amigos da igreja de PP. Porque o dia é curto para celebrar com todos aqueles que Deus nos dá e que partilham a mesma alegria da ressurreição.





Hoje, um dia depois, acordo com as notícias que me dizem que o domingo de Páscoa não foi um dia tranquilo para todos. Irmãos no Paquistão foram mortos por causa da sua fé, na sua maioria mulheres e crianças. Há lugares em que ser um seguidor de Cristo exige um preço alto. Há cristãos que sentem na pele o significado profundo de carregar a cruz e seguir Jesus. Encolho-me de tristeza. Hoje, em algumas casas há pranto e lugares vazios à mesa. O canto dá lugar ao choro. É então que penso na mesa farta que espera os que permanecem fiéis até ao fim e dou graças pela vida aqui ser tão pequenina quando comparada com a eternidade.

"Ele não está aqui; já ressurgiu, como havia dito..." Mateus 28. 6

Acordámos ainda de noite. Os meninos enrolaram-se nas mantas e foram para o carro excitados. No caminho o Tim falava-lhes em como a nossa fé seria vã se Cristo tivesse feito tudo o que fez ao vir a este mundo, tivesse cumprido tudo o que estava previsto Ele fazer, mas não tivesse tornado à vida. Escutei toda a conversa, agradecida.
Esperamos juntos à beira do rio a luz do sol, que nos aponta para uma luz maior, que ilumina de forma perfeita e tem poder para transformar vidas. Jesus fez tudo ao morrer na cruz e ressuscitar. Temos nova vida e vitória com Ele sobre a morte. Não há nada melhor! 






sexta-feira, 18 de março de 2016

hope

Pode voar... quando assente em Cristo.





tempo.


Era uma vez um gato chamado Flippy...


O Tim chegou a casa dos pais com uma bola de pelo clara, enquanto festejávamos o aniversário da avó Josefina. Foi a festa dos miúdos! Assustadiço, escondeu-se de imediato. O Samuel deu-lhe o nome. Quando chegámos a nossa casa, escondeu-se novamente, nervoso com tanta agitação, andar de casa em casa o dia todo, viajar de carro. Corremos a casa toda e os possíveis esconderijos e fomos dormir sem saber dele. No dia seguinte, descobrimo-lo na biblioteca, na prateleira das bíblias. Gato sábio, pensámos. Refúgio certo. Nos primeiros dias era vê-lo a balançar nos cortinados, satisfeito. Desde logo percebemos que era um gato especial. Gostava de sonecas, sim, mas o que mais apreciava era estar onde os miúdos estavam ou, na falta deles, quando cresceram e começaram a ir à escola, ao pé de mim. A companhia sabia-lhe bem. Percorria a casa atrás do Marcos, quando este ainda só gatinhava. Permanecia junto deles nos momentos tranquilos e nas brincadeiras. De vez em quando um deles dava com ele uma cambalhota, entre outras coisas. Era sem dúvida o gato mais paciente e meigo que alguma vez conhecemos. Também era persistente. Se o tirava do meu colo, ele vinha, devagarinho, vezes sem conta até eu desistir e deixá-lo ficar aninhado. Ronronava durante as vacinas, sem se mexer. Dormia aos pés da nossa cama, muitas vezes em cima das nossas pernas. Passou pelas camas de todos nós, por épocas. Gostava de correr atrás das borboletas e de brincar com gafanhotos. Achava as sonecas ao sol deliciosas. Entrava no carro de qualquer pessoa e estava sempre pronto para subir para o colo de alguém que estivesse em nossa casa. Gostava dos dias de churrasco. Vigiava a grelha e o que saía dela atentamente. Era generoso com os gatos sem dono que vinham comer a nossa casa, afastando-se da taça da comida para deixar outro comer. Não foram poucas as vezes que tivemos de tirá-lo do telhado, por ter medo de descer. Ia e voltava a correr connosco quando íamos despejar o lixo. Ao fim do dia acompanhava-nos sempre a fechar as portadas. Levava-nos fielmente até à esquina da nossa rua sempre que íamos para a escola ou treinos. Quando chegávamos a casa vinha sempre ao portão receber-nos. Foi uma das coisas da qual mais senti falta, chegar a casa e não o ter a correr para nós.
Este gato ensinou-me a gostar de gatos. Desde que ele chegou que nenhum gato na rua me passa despercebido e passei-os a ver com olhos novos.
Era uma vez um gato chamado Flippy, o nosso gato.



















numa fria manhã de fevereiro.

Sair cedo para ir fotografar árvores.







segunda-feira, 14 de março de 2016

lisboa

Caminhar por ela à sombra de árvores centenárias, respirando história que está muito além de mim e, no entanto, sentir-me tão dela. Ah...minha Lisboa!