Recordo as férias de Verão passadas na Farinha Branca com a minha avó Guida. Durante a manhã, atravessávamos a horta do tio António de alguidares na mão e íamos lavar a roupa ao tanque. Não um tanque como estes, individuais, mas um quadrado grande, com apenas uma pedra para esfregar a roupa. O cheiro a sabão azul nas mãos e a frutos maduros no ar. E eu, criança, imaginava histórias mil, enquanto cantarolava e molhava as mãos na água fresca, olhando o chapéu de palha na cabeça da minha avó. Conversas e segredos eram partilhados. Esticava-se a roupa ao sol. Os dias passavam devagar.
Sem comentários:
Enviar um comentário