Um menino que dá música à prima enquanto esta lhe lê histórias e um mano mais velho a ajudar o mais novo a colar cromos das Tartarugas Ninja na caderneta.
As colecções de cromos fizeram parte da minha infância. Ainda hoje as guardo comigo.
O entusiasmo de ir comprar carteirinhas ao quiosque do bairro, abri-las, torcer para não sair nenhum repetido e depois colar os cromos e compor o cenário da caderneta. Desfolhá-la com um sorriso. Guardar os repetidos para a troca. E ter um mano mais velho que me levava aos Restauradores, quando faltavam poucos para terminar a colecção e eles teimavam em não sair, a comprar cromos avulso nuns senhores que por lá paravam com mesas desdobráveis e que podiam muito bem ter um letreiro a dizer: "Final Feliz". E a minha cara irradiava luz para iluminar toda a cidade de Lisboa.
Hoje, assisto a uma cena semelhante.
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