a passos largos...

Fui correr. Cheguei a casa com o coração aos pulos e a pulsação descompassada. Ai, se o meu professor de Desporto me visse agora! Vergonhoso!

Desde miúda que sempre corri e durante a minha adolescência fi-lo com paixão, diariamente. Na verdade sempre adorei fazê-lo e ainda hoje, à noite, com a rua deserta, continuo a ir despejar o lixo a correr, e não, não é por causa do frio. Sabem aquela tendência que as crianças têm de ir a correr sempre que vão a qualquer lado ou fazer algum recado? Pois bem, eu não a perdi.

Hoje corri abraçada por um nevoeiro saído de um filme. Ah... tamanha sensação de liberdade! Sentir o frio da noite na face foi revigorante depois de um dia cheio em afazeres e emoções. Para mim, nada como correr e deixar algumas das coisas irem com o vento. Esvaziar a mente e ficar a sós com o caminho que trilho.

Engraçado como facilmente esquecemos as coisas que mais gostamos de fazer quando o corropio do dia a dia não deixa quase espaço para pensar.

Esta noite, fui recordada. Esta noite, fui correr.