quarta-feira, 24 de agosto de 2016

doce Ilda

Temos uma amiga que nos recebe em sua casa todos os verões, de coração aberto. O carinho multiplica-se ano após anos.
Uma das recordações mais vivas que tenho da Ilda foi passada num ABS Jovens, tinha eu uns 7 anos. Eu, que permanecia por lá nos três turnos, fiquei com ela no quarto uma semana. Durante a noite um jovem entrou no nosso quarto para pregar as partidas habituais da altura. Encheu a minha cabeça de pasta de dentes e espuma da barba, pensando tratar-se da Ilda. Ambas tinhamos a cara magrinha e estava escuro. O que melhor recordo dessa noite foi a delicadeza com que, com muita paciência,  a meio da noite, a Ilda me lavou a cabeça com a água gelada do poço nos bidons azuis.
Anossa amizade foi crescendo ao longo dos anos e a sua disponibilidade para a minha família também. É uma casa de bonecas, a que tem. Pequena, onde para além dos filhos que nas férias por lá estão, mora também a cadela Milú, a gata Beca e mais uns quantos gatos que entram e saem. O coração desta mulher sabe acolher e nós gostamos dela aos molhos grandes.


1 comentário:

Anónimo disse...

obrigada querida Rute. Es uma querida e as tuas palavras são doces. So poderia, tu es assim!
E sempre uma honra e prazer receber vos. Vocês são familia. Abraço apertado e alargado a todos vós.
ilda