quinta-feira, 28 de julho de 2016

não somos nenhum mistério


Lembrar que sou inteiramente conhecida por Deus. Por Aquele que me conhecia de forma plena quando ainda estava no interior da minha mãe. O coração é enganoso, acima de todas as coisas, mas a Palavra de Deus é um espelho perfeito para a alma.
Ele conhece cada pensamento, cada intenção e perceção, cada resposta ao mundo que me rodeia. Conhece bem cada tentação que enfrento, assim como cada medo e desejo. Conhece o melhor e pior de mim. Não fica impressionado nem horrorizado. Aceita-me por causa de Cristo. Nada Lhe é oculto. E porque sou perfeitamente conhecida, sou também inteiramente livre para amá-Lo de volta.
E esta música regressa à minha mente e continua a ser uma favorita.

terça-feira, 26 de julho de 2016

os miúdos estão fora.


Este silêncio estranho e ao mesmo tempo saboroso, que temos sentido cá por casa nos últimos dias. Os minutos parecem multiplicar-se. O tempo chega mesmo a render. As viagens de carro são mais tranquilas e o relógio é olhado de maneira diferente. Tenho alguma dificuldade em lembrar que foi assim que vivemos durante os primeiros cinco anos do nosso casamento, sem filhos. O silêncio não abundava, já que tínhamos sempre gente em casa, mas o ritmo e a espontaneidade era outra. Por uns dias sabe bem ter um pouco disso. Só por uns dias...porque depois quero os meus rapazes de volta, com toda a agitação e regras que com eles vêm.





entre acampamentos.


Ter o filho do meio uma semana num acampamento. Aproveitar todos os minutos quando regressa numa sexta à noite e torna a ir embora no sábado, ao início da tarde, desta vez com os manos, novamente para um acampamento. [Esta coisa de ver as camas deles compostas todos os dias é sempre um bocadinho estranha.] Ouvir acerca da primeira semana e sobre o que mais o comoveu. Ficar emocionada ao saber que foi a história da Corie Ten Boom, uma das vidas que mais me inspirou e com a qual gostava de ter tido o privilégio de conversar. Deus é bom.


refrescar

Quando temos vizinhas queridas que nos colocam a casa à disposição.




...


Os anos passam e observo o mundo a mudar. Acontece um pouco por todo o lado, nos hábitos, nas permissões, nos chamados desenvolvimentos, no pecado que cresce de tantas formas, perto e longe de nós, como algo natural, banal. Há momentos em que o coração fica mais pequeno, que chora. Quanto mais o pecado cresce aqui, mais a minha alma anseia pelo céu.
Penso nos anos que virão, anos que os meus filhos enfrentarão. A imagem que vejo não é bonita nem facilitada. Agarro-me ao Deus que conhece o futuro como se do dia de ontem se tratasse e coloco os dias que ainda não chegaram e o meu receio aos Seus pés. Ah! Tenho tanto a aprender sobre esta coisa de descansar! Oro por apego diário à Palavra, na minha vida e na dos que me rodeiam. Amor às Escrituras, que conduz a um amor maior ao Deus que a deu. Mais, Senhor! Mais de Ti!

domingo, 24 de julho de 2016

summer nights

Um mano mais velho que ensina o mais novo a jogar xadrez à luz dos candeeiros da nossa rua. Um avô que observa.
A luz da lua que acaricia a noite.
A relva acabada de regar a destilar frescura.
O relógio que abranda.
É verão e sabe tão bem!



a brincadeira que não envelhece.

Viram a casa do avesso. Fazem munições com papel de jornal, montam  abrigos e preparam armadilhas. O tempo que demoram a preparar tudo é capaz de ser superior ao que passam depois a brincar. Mas a primeira parte é igualmente cheia de entusiamo. Vão desarrumando e dizendo: "Depois arrumamos tudo, mamã!" E é verdade. No final tudo volta ao lugar.



uma tarde com cavalos






trabalho de equipa.

Deverá ser das tarefas que mais gostam: lavar a loiça.
O mais pequeno chega a implorar para a lavar. E, de vez em quando, preciso lembrar que não importa se a cozinha demora mais tempo a ficar arrumada ou se tenho que dar um toque final. Ele gosta de ajudar e empenha-se a valer. As coisas boas demoram.

jardim das amoreiras.

 Permanecer num banco, em silêncio. Desfrutar a quietude no meio de Lisboa.



picnic com os meus 4 rapazes





sexta-feira, 22 de julho de 2016

o jardim da Estrela é bontito todos os dias.






final euro 2016




Ver a final Portugal- França com esta malta roçou a loucura. Sobrevivemos todos! : )

preparação final euro 2016




quem somos.


Este engano de tentarmos encontrar a nossa identidade naquilo que realizamos, nos outros ou até na forma como os outros nos vêem ou nos chamam. No facto de sermos mães, no nosso estado civil, no nosso trabalho, relacionamentos, amigos, família, sonhos ou conquistas. Quando estas coisas terminam ou falham sentimo-nos perdidos.
A nossa identidade está apenas em Cristo e na segurança de sermos filhos dEle. Somos seres que buscam, que anseiam encontrar e pertencer. A nossa busca só termina quando nos encontramos com Aquele que nos criou com um propósito. Quando percebemos que fomos feitos à Sua imagem e para Ele. A nossa sede só é satisfeita e o nosso coração só sossega e encontra casa e descanso nos Seus braços.
A nossa identidade não traz uma lista de realizações ou de pessoas que gostam de nós. Não depende dos nossos bonitos talentos, habilidades ou personalidade. Nada disso nos define. A nossa identidade começa em Cristo. No princípio Deus criou-nos. Carregamos a imagem do Criador. Tudo o resto que possamos possuir é nada e desaparecerá. Mostramos no nosso dia a dia o Seu carácter, a Sua Pessoa. A nossa identidade está segura e firmada nEle somente. Isto muda radicalmente a forma de vermos o mundo e de vivermos nele. Significa que podemos enfrentar a perda de um ente querido, um trabalho que não nos satisfaz, um corpo envelhecido, um amigo que nos abandona, uma igreja que nos magoa, uma palavra desagradável. Tudo pode desabar à nossa volta e, ainda assim, pertencemos. Porque a nossa identidade não está naquilo que fazemos ou temos. Está no Deus que não muda!

[escrito há algumas semanas, após uma leitura acerca]

andar de carro pelo alentejo quando o sol se despede do dia.