terça-feira, 24 de maio de 2016

dos doces dias loucos.

Despedir-me de manhã cedo do marido que foi para o Porto dois dias, em trabalho. Preparar o pequeno-almoço e os lanches para a escola. Fazer meditação com os meninos. Deixá-los na escola. Apanhar chuva, comboio, metro e andar a pé até àquela que um dia foi a minha escola primária. Estar lá 2 horas e meia. Fazer o caminho de regresso. Andar a pé, de metro e comboio. Adormecer neste último. Receber com alegria a boleia do meu dad, que me safou de ir de autocarro e de andar mais um bocado a pé, para chegar a casa. Preparar algumas coisas, engolir dois iogurtes e ir para a escola primária ensaiar para a gala de finalistas com a turma do Jojó, onde já o Marcos me esperava. Rodear-me de 26 crianças que têm tanto de enérgicas como de doces. Ensaiar com elas, as canções, as falas da apresentação e a entrada e saída de cena. Testar o som do auditório. Combinar detalhes com um professor que se disponibilizou para ajudar. Receber uns quantos telefonemas de mães durante a tarde. Ir às compras a correr, a pé. Voltar carregada  porque esqueci-me que não estava com carro. Deixar um filho e mochilas em casa dos pais para conseguir chegar a casa. Arrumar compras, preparar roupas do treino. Correr novamente para casa dos pais para agarrar o mais novo e levar ao treino de futebol. Voltar a passos largos para receber o Jojó e Samuel, vindos de uma festa de anos e de casa dos primos, respetivamente. Tratar da roupa. Dar banho ao Jónatas, que está com gesso. Fazer lanches. Deixar o Sammy no treino e trazer o Marcos. Fazer o jantar.  Arrumar a cozinha. Dar jantar. Fazer o culto doméstico com os meninos. Deitá-los. Dar beijos e abraços de boa noite. Procurar o gato e a ervilha do Marcos. Insistir com o mais velho para parar de ler e dormir. Começar a pensar em preparar as coisas para o dia seguinte, mas antes, sentar-me um bocadinho.
À minha mente vem um menino que esta manhã teve as suas mãos sujas com pasta de modelar pela primeira vez e mal cabia em si de contente. Confessou-me que não queria ir de férias para não se separar de mim. Revejo ainda a cara do Q., durante os ensaios no auditório da escola e o sorriso perfeito que lhe iluminou a cara quando me segredou: "Vou trazer um bolo de laranja para a gala!"
Ah... foi um dia bonito!

terça-feira, 10 de maio de 2016

encontrar beleza nas sombras do caminho.



uma passagem breve pelo hospital



Adormecer a seguir um pássaro, sem sair do lugar. Há modos piores de adormecer.

quando um pásaro me chama...


gruta da Lapa de Santa Margarida, Arrábida [pt3]

Encontrar recantos, ouvir o mar, observar caranguejos, escalar rochas. Andar com os sentidos bem apurados para o que nos rodeia. Entrar na noite por um bocadinho e depois seguir a luz que nos conduz de volta.












pela Arrábida [pt 2]

Fomos ao encontro da gruta da Lapa de Santa Margarida, onde eu e o Timóteo tínhamos estado num passeio dos jovens da igreja há 20 anos atrás. Valeu a pena! Um esconderijo bonito.











terça-feira, 3 de maio de 2016

feriado na hora certa [pt1]

Abraçar o dia de sol e explorar a serra da Arrábida. Cercados de verde e azul durante uma manhã. Revigorante.

















os dias quentes estão de volta!

Chegou aquela altura do ano em que apetece andar com a janela do carro aberta. As temperaturas já atingiram os 33º por aqui e confesso que começa a estar demasiado quente para mim, que preciso de alguma frescura para conseguir funcionar a 100%.
Há dias em que me rendo. Sento-me num banco e fico apenas a olhá-los a jogar com os amigos.



segunda-feira, 2 de maio de 2016

quando sabe bem andar na estrada.



escapadela

Há algumas semanas estivemos no Porto. O Porto é uma cidade que aprendi a apreciar já em adulta. Em criança achava-a escura e triste.  Acho agora que é mesmo bonita! Pelo menos uma vez por ano acompanho o Timóteo, que por norma vai lá todos os meses, em trabalho. Nunca perde o encanto! Os prédios antigos, a comida e as pessoas sempre simpáticas. O rio e o mar logo ali a dois passos e o constante som das gaivotas, enquanto percorremos as ruas estreitas. É apenas uma noite e se por um lado custa sempre deixar os meninos, também sabe bem esta coisa de estar a dois, sem horários.