Há qualquer coisa nos objetos que pertencem à nossa infância. Como se a presença deles nos acalmasse, abraçasse até.
Cresci com este relógio na sala. Continua na parede da sala dos meus pais.
Em miúda, eu e o meu irmão, gozávamos e riamos sempre que tocava, de 15 em 15 minutos, e interrompia conversas ou algum filme ou série que estivéssemos a ver. Sim, porque o som era realmente sonoro. Sem o meu pai ver, prendíamos os pendões de modo a que ficasse mudo. "Eu gosto de ouvi-lo tocar!", dizia o meu pai. De 15 em 15 minutos?! Sério? Não entendíamos! Não sei se pela idade, parece-me mais discreto agora, o seu som. Se calhar sou só eu, que agora anseio por ouvi-lo. O toque do relógio da casa dos meus pais leva-me de volta à casa onde cresci. A um porto seguro. Ao som destas badaladas sonhei e dancei. Chorei e ri. Quando o oiço, parte de mim encontra-se com a menina que fui outrora.
Em miúda, eu e o meu irmão, gozávamos e riamos sempre que tocava, de 15 em 15 minutos, e interrompia conversas ou algum filme ou série que estivéssemos a ver. Sim, porque o som era realmente sonoro. Sem o meu pai ver, prendíamos os pendões de modo a que ficasse mudo. "Eu gosto de ouvi-lo tocar!", dizia o meu pai. De 15 em 15 minutos?! Sério? Não entendíamos! Não sei se pela idade, parece-me mais discreto agora, o seu som. Se calhar sou só eu, que agora anseio por ouvi-lo. O toque do relógio da casa dos meus pais leva-me de volta à casa onde cresci. A um porto seguro. Ao som destas badaladas sonhei e dancei. Chorei e ri. Quando o oiço, parte de mim encontra-se com a menina que fui outrora.
2 comentários:
No baú das minhas memórias esse relógio é da casa dos meu avós. De quinze em quinze minutos... tal e qual. Hoje ainda lá está. Esta semana quando lá fui ajudar na limpeza dei comigo a pensar que se ninguém o quiser (um dia) seria uma recordação bonita para uma das minhas paredes! =)
Ter objetos queridos é delicioso!
Um beijinho, Raquel.
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