quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Porque para nós, Verão é sinónimo de picnique e praia. Se for com amigos, melhor ainda. Um agradável dia passado com os amigos Nuno, Susana, Bruno, Helga e respectivos rebentos.







E já sinto o Verão a fugir...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

passo a passo...

Enquanto estivémos fora, as coisas cresceram por aqui. Flores brotaram, as couves, alfaces e tomate cresceram e amadureceram. É bom verificar que a natureza segue o seu rumo, sem nunca parar. Há Alguém que nunca fica "off".
Os dias por casa vão correndo pachorrentamente, como pede a estação. Abundam os sumos naturais, as frutas e os gelados. Inventam-se brincadeiras diariamente e devagar pensa-se em Setembro e em tudo o que este consigo trará. A seu tempo...







quente e frio

Os dias mais frescos que se fizeram sentir na semana que passou, trouxeram um cheiro a Outono. Os jogos de mesa e as bebidas quentes estiveram presentes e souberam tão bem...



avivando...

A terra dos meus pais, avós e bisavós traz inúmeras memórias agarradas a ela. Uma a uma acendem na minha mente. Bailam por entre o pó, o cheiro dos figos e do pinheiro bravo. Trazem consigo cenários antigos, antes do grande incêndio que aconteceu no Verão de 2000 ou 2001.
As figueiras continuam lá. Ano após ano. Firmes. A destilar doçura. Muitas foram as barrigadas de figos que apanhei em gaiata com o meu pai, debaixo da árvores. Um figo numa mão e um pedaço de pão na outra. Assim mandava a tradição.








Passámos um tempo agradável com o meu tio João, a tia Emília e os primos João, Sílvia e a Francisca, que estavam lá a passar uns dias de férias.



Lembro-me das videiras em frente da casa outrora branca. Vejo a minha avó Guida com um chapéu de palha grande a caiá-la. A avó Sofia a varrer, o avô Henrique sentado num banco de palha. O tio António a tratar da burra e a trabalhar na clareira que já não existe. A tia Júlia debaixo do telheiro a arranjar feijão verde.
Quando de férias com a minha avó, íamos buscar água fresca ao poço, atravessávamos a horta para ir lavar roupa no tanque, faziamos carapaus e sardinhas para o almoço e íamos à loja a pé, cantando, conversando, rindo. Sim, porque as conversas com a minha avó sempre acabavam com uma de nós a rir. As tardes pediam sesta, quando o calor alentejano lá fora apertava. Os banhos eram tomados num alguidar que na altura parecia-me gigante. Afinal era só grande. Ouvia o sino no ABS tocar, sem o avistar. Os pinheiros altos encarregavam-se de o proteger. Agora a vista alcança longe. Os pinheiros, uns estão a crescer, outros foram-se de vez. À noite olhávamos as estrelas e escutávamos os grilos. As corridas até ao acampamento aconteciam várias vezes ao dia.
As histórias de outros tempos, quando a minha avó era jovem, sucediam-se. Gostava de ouvi-las. Agora sei que gostava sobretudo de ouvi-la. Voz doce, olhar por vezes distante, mas sempre meigo. Ainda consigo sentir a ternura do seu abraço aconchegante. Sinto imensamente a sua falta


O meu primo levou-nos horta dentro para apanharmos louro. Não fazia ideia do tamanho da árvore. Na verdade, pensava que o louro vinha de um arbusto. Ignorâncias de menina da cidade. Trouxémos alguns ramos. Batata assada com louro será a ementa de alguma refeição durante esta semana.


Respirar aqueles ares traz-me sempre de volta a casa satisfeita.

por terras alentejanas...


Os dias passam mais devagar que o habitual. É fácil acertar o passo com este ritmo e deixar o tempo correr sem pressas. O Verão pede picniques e água. Foi isso que fizémos num dia da semana passada.











terça-feira, 23 de agosto de 2011

[1000fontes pt.3]

[Paulinha, mais uma vez obrigada pelos dias maravilhosos. Gostamos muito, muito de ti.]



As fotos de grupo são sempre um desafio. Mesmo quando apenas aos homens da casa. Claro que a dificuldade aumenta quando estamos os cinco. Sempre diferentes e originais. Um olha para cima, outro para baixo e outro para o lado. De preferência nunca para a máquina. Volta e meia há um que fica de costas. Depois há as vezes em que o click da máquina acontece quando estamos a puxar um que tentava fugir antes da hora ou outra coisa assim, sem importância. Não esqueçamos as caretas, os olhos tortos e as línguas de fora. Ou então as comichões teimosas em algum lugar da cara que aparecem mesmo, mesmo naquele segundo em que a máquina dispara. Não tenho dúvidas. As nossa fotos de família de monótonas nada têm.





 Nestes dias comemos uva-morangueiro, damasco e retornámos a casa com o cheiro doce da lúcia lima.