Saudade...

Acabei de ler o seguinte no livro "Lar, Doce Lar" do Dr. James Dobson.:
"Ha muitos anos, uma menina de quatro anos, chamada Sandra Louise Doty sentou-se no balcão da florista enquanto a sua avó acabava de atender uma cliente. Quando ficaram sózinhas, a menina começou a descrever o que para ela era uma avó. A idosa senhora anotou as palavras da sua neta que têm corrido mundo, na seguinte composição:

O que é uma Avó!

"Uma avó é uma senhora que não tem os seus próprios filhos, por isso gosta das meninas de outras pessoas. Um avô é um homem avô. Sai para passear com os meninos e falam sobre pesca, tractores e outras coisas do género. As avós não têm o que fazer excepto estar ali. Elas são mais velhas que as mamãs por isso não devem brincar muito nem correr. Já fazem muito quando nos levam aos lugares onde há os cavalos de mentira e levam no bolso um conjunto de moedinhas separadas. Quando nos levam a passear andam devagar para ver as folhas bonitas ou as lagartas. Elas nunca dizem "depressa"! Quase sempre são gordas, mas não tão gordas que não possam atar os sapatos das crianças. Elas usam óculos e roupas debaixo esquisitas e até podem tirar os dentes e as gengivas. Não têm de ser inteligentes, somente responder a perguntas como "Porque é que os cães preseguem os gatos e Deus não é casado?" Quando lêem para nós, não saltam páginas nem parágrafos e prestam atenção para ver se é a mesma história outra vez. As avós são os únicos adultos que têm tempo."

Saltam à vista coisas como: atenção, valorizar as coisas pequeninas, tempo e amor...

Oh... se eu vos falasse da minha avó e de todas as memórias que tenho dela!...Tenho saudade... Aquela saudade que parece não caber dentro do peito de tão imensa que é. Uma saudade sem tamanho... Tão real que quase posso segurá-la na minha mão.