domingo, 7 de novembro de 2010

{eat, pray, love}


Vi finalmente o filme que aguardava com alguma curiosidade há já algum tempo. Não fiquei desiludida. Já tinha ouvido algumas críticas negativas a respeito dele, não ía com grandes expectativas. Ía apenas curiosa. Achei que alguns diálogos podiam ir mais fundo, serem mais rebuscados. Por vezes, achei que a simplicidade de alguns deles caiu no desinteressante. Para mim, que amo conhecer outros locais, pessoas e culturas, valeu pelas cenários dos três locais ao qual o filme nos leva. A paisagem histórica e antiga de Itália, juntamente com as iguarias gastronómicas de deixar quem está do outro lado da tela desejoso de enfiar um garfo numa esparguete à carbonara; as cores e ritmo da Índia e o verde da paisagem de Bali, capaz de fazer o humano menos impressionável suster a respiração por alguns segundos.
Um filme triste e complexo na sua natureza, já que aborda o vazio que a dada altura todo o ser humano sente. Uma busca pela satisfação interna plena em coisas e prazeres passageiros, mutáveis. A personagem principal, interpretada por Julia Roberts, deixa a sua rotina e parte numa viagem de um ano, buscando algo que tape esse vazio existêncial, algo que dê sentido ao seu dia a dia e a faça vibrar com a vida. Parte na tentaiva de se achar. Gostei de uma expressão que usou um dia de manhã. "Acordei sem pulsação." E quantas vezes nos falta a paixão e entusiasmo de viver!
O filme está repleto de frases que gostaria de guardar ou comentar, infelizmente não me recordo da maioria delas e quando me lembrei de começar a escreve-las no escuro, a maioria delas já tinha voado. Algumas delas tocaram mais fundo.
"A ruína é uma dádiva. A ruína é uma estrada para a transformação."
"A única maneira de sarar é confiar."
"Não posso deixar de acreditar devido à minha experiência."
Comovi-me com a oração da personagem que em desespero busca a Deus. Porém, perde-se na sua própria vontade, no seu eu e ideologias várias. Tão mais fácil criar um deus à nossa imagem do que crer no Deus da Bíblia. Um filme triste e vazio porque não dá resposta, não preenche na totalidade.
Recordei a meditação desta manhã: "Elevo os meus olhos para os montes; de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra." (Salmo 121: 1-2)

5 comentários:

Kella disse...

Um bom "review". Também estou com muita vontade de evr este filme,a minha mãe não se cansa de me falar dele.

Aqui no JI... disse...

Ainda me abriu mais o "apetite" para ver o filme e obrigada pelo olhar mais profundo...Espero que esteja tudo a correr bem ao meu menino. Um beijinho especial para ele.
Beijinhos.
Fátima

by shana .. disse...

Ahhh, conseguiste!! Fixe. Gostei da crítica. Na Mulher Criativa deste mês vem também uma análise. beijjinhos

Arte da Luluzinha disse...

Olá, gostei muito do comentário sobre o filme, realmente é verdade, não dá resposta e poderia ser mais abordado, mas na telinha, muitas vezes o final é esse, mas eu gostei do filme e as paisagens, ohhhh, lindas mesmo!
Beijinhos e uma ótima semana.

obs. Já viu o filme Véu Pintado? Se não recomendo.

Rute Carla disse...

Fatinha, o seu menino está bem, a gostar muito da escola e de aprender a escrever. À quarta-feira sai mais cedo. Temos que tratar da tal visita prometida. Está no nosso coração. Um beijinho.