sexta-feira, 3 de julho de 2015

beber desta luz

Esta sensação de um dia a terminar tem um efeito calmante, revigorante e às vezes nostálgico sobre mim. Verifico a graça de Deus sobre o dia, mais uma vez. É a minha altura preferida, esteja eu onde estiver. Posso lembrar a luz especial de final do dia em locais diferentes e marcantes para mim.
 
* na minha praceta, os vizinhos a regressar a casa devagar com o saco da mercearia nas mãos, os amigos a voltarem da escola e o vizinho Fernando a controlar as saídas e entradas religiosamente.
* no ABS, os banhos de mangueira, as toalhas espalhadas no estendal, o andar mais pachorrento, o cheiro do jantar que sai da cozinha e se espalha devagar, a cara radiante dos amigos.
* no campo de futebol da mata da Madre de Deus, a jogar à bola até cair.
* no D. Dinis, o sol a entrar esbatido pelas janelas largas da sala de convívio, a mesa de ping pong, as árvores.
* no meu quarto a ouvir música com a Nessa e vice versa.
* o verão na ilha de Faro com a Shana e o Lipe. a praia deserta, o sol a querer chegar ao mar, o peixe assado a ser preparado para o jantar.
* no rio Tejo, enquanto o atravessava de barco na volta da praia e sentia o vento na face.
 
Nos últimos anos tenho guardado os cenários do local onde vivemos. O entardecer é sempre doce e escava sempre na minha mente memórias de momentos e pessoas bonitas. Memórias da graça de Deus e da beleza dos dias que Ele nos dá.
 





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