quarta-feira, 27 de novembro de 2013

cartas

Encontrei no sótão dos meus pais uma carta que escrevi ao meu irmão, em 1996. No tempo em que os e-mails eram para mim desconhecidos e os envelopes e selos faziam parte natural dos meus dias. Algumas cartas transformavam-se quase em diários e segurá-las nas mãos e ler a letra familiar de alguém que estava distante era como ter um pedaço da outra pessoa connosco. Era uma presença palpável do que se encontrava longe da vista. As palavras eram muitas vezes demoradas e sempre cheias de sentimento. Reconhecer a letra de alguém num envelope e ver o nosso nome era especial. Talvez por isso guarde três caixas cheias de cartas, com muito carinho.

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